Arrecada desde 2005, a Room Tax permite a realização de diversos projetos e auxilia na divulgação da região
Desde sua criação em 2005, o Ponta Grossa Campos Gerais Convention & Visitors Bureau (PGCG CVB) oferece duas formas de contribuição aos associados: Mensalidade a partir do segmento do empreendimento e a Room Tax. A segunda opção, utilizada por todos os CVBx mundo a fora, é uma contribuição com valor diferente em cada cidade, variando de R$1,20 a R$10, segundo a Unidestinos.
Recolhida pelos hotéis associados e repassada mensalmente aos CVBx, a contribuição fomenta diversas ações no turismo, desde a formulação de projetos para o marketing de destino a melhorias na estrutura de recepção aos visitantes, além de possibilitar a participação em eventos e capacitações.
Nos Campos Gerais do Paraná o valor é de R$1,50 e dois hotéis contribuem para o turismo desta forma, caso do Hotel Planalto, associado há 13 anos, e do Luds Comfort Hotel, afiliado do Convention há quase um ano e empresa hoteleira mais nova em Ponta Grossa que nasceu do sonho de três gerações de empreendedores com diversas expectativas em seu negócio, principalmente ao atual cenário econômico.
Mais pessoas no empreendimento, mais Room Tax e, consequentemente, mais repasse ao PGCG CVB, o que aumenta a atuação da entidade. “A taxa de ocupação hoteleira é ligada diretamente à saúde dos outros setores da economia da cidade, que obviamente, está contida. Acreditamos que ao superar e se melhorar durante a crise a ocupação hoteleira se descobrirá melhor distribuída entre os setores da economia local”, comenta a diretora executiva do Luds, Débora Slud.
Entretanto, mesmo com mercado oscilante, o hotel conta com bons resultados.
“Estamos com a ocupação do Luds dentro das expectativas. Uma meta alcançada com muito trabalho, mas com apenas nove meses de abertura, ainda falta muito para chegar onde realmente queremos chegar”, completa Débora.
Em números, mais de 7 mil pessoas já se hospedaram no empreendimento, o que impacta a economia ponta-grossense em mais de R$1 milhão, isso levando em consideração apenas o perfil do turista de negócios e eventos, que segundo dados do Ministério do Turismo, gasta em média US$300 diariamente.
Então, com a visão de promoção do setor na região através de ações com a Room Tax, se associar ao PGCG CVB, foi uma das primeiras escolhas da empresária e de seus sócios, que ainda na construção do Luds, procuraram por entidades promotoras dos potenciais da região. “Fui muito bem acolhida pela presidente Wagnilda, e desde então percebi a importância de fomentarmos o turismo na nossa cidade, não só para hotelaria, mas para a economia em geral, pois o turismo de negócios movimenta diversos setores na nossa cidade”, comenta Débora.
Assim como ela pensa o gerente geral do Hotel Planalto e fundador do Convention de Ponta Grossa e região, Daniel Wagner. O empreendimento hoteleiro mais velho na carteira de associados faz uso da Room Tax desde 2005, o que para ele gera inúmeros benefícios para todos os envolvidos no turismo. “A gente precisa se unir para fazer o bolo crescer”.
Para ele, a união dos interessados faz o número de visitantes na cidade crescer, o que possibilita a melhoria e aumento de trabalho do Convention, fazendo todo o setor ligado ao Turismo de Negócios e Eventos girar. “Quanto mais visitantes, mais Room Tax e mais o Convention trabalha”.
Entre alguns dos trabalhos realizados com recursos da Room Tax está a implementação da sinalização turística em Ponta Grossa através de um projeto com o Governo do Estado realizado em sua gestão. “O Convention estando fortalecido pode treinar bem as pessoas que recepcionam os visitantes para informar o que está acontecendo na cidade, por exemplo. Essa é apenas algumas das ações que o cvb pode fazer pelos visitantes”.
Ainda de acordo com ele, todos os hotéis deveriam optar pela Room Tax, principalmente por ser um valor excluso do caixa da empresa, pois assim “o Convention articula melhorias na cidade e região para receber melhor os visitantes”.
Já Débora é enfática: “Vejo que a desculpa de outros hotéis para não pagar o Room Tax são diversas. Nós do Luds, optamos em embutir na diária, e repassamos ao PGCG CVB mensalmente. É uma pena que ainda são poucos que tem esta visão, e gostaria muito de ver o Convention crescendo e fazendo um trabalho cada vez melhor, por muitos e muitos anos”.
Wagnilda Minasi, atual presidente do PGCG CVB, também concorda com a visão dos empresários e menciona a necessidade da união dos empresários para todos se fortalecerem. “Quanto mais atuantes estivermos, mais eventos teremos, o que resulta em mais pessoas na região o que beneficia a todos”.
Onde a Room Tax é aplicada
Atualmente, o valor da Room Tax arrecadado é aplicado na criação de materiais de divulgação dos atrativos da região, como flyer e folders, manutenção do site com informações dos atrativos e eventos e no desenvolvimento de outros meios de divulgação, além de possibilitar a participação em feiras e capacitação para candidatura de captação de eventos.